O Reino de Kainós (parte 1)

Então, havia esse reino: o reino de Kainós. Não era o lugar mais bonito do mundo… algumas coisas ainda estavam incompletas, algumas praças com jardins e outras inacabadas, alguns lugares ermos e outros povoados, umas casas lindas e outras em construção, alguns terrenos cercados e muita vegetação nativa, umas estradas pavimentadas e outras ainda eram trilhas estreitas.
No reino, havia muita gente. Muita gente havia morado ali e já tinha partido, mas havia uma grande expectativa, pois o Rei prometera que muita gente ainda iria chegar.
Mas o que impressionava, naquele lugar especial, era que ali havia todo o recurso necessário para que o projeto de reino fosse pleno. Ali, fora providenciado tudo o que era preciso para trazer a paz, alimentar a esperança e promover a felicidade. Nada do que era necessário para que o reino cumprisse sua razão de existir lhes foi negado. Essa estratégia e provisão veio da grande sabedoria do Rei. Ele mesmo doou do seu tesouro pessoal tudo que era essencial. O que não havia ele mandou trazer de longe, até mandou inventar, prevendo que seriam ferramentas úteis para o desenvolvimento sustentável e saudável do reino.
A perfeição da visão do Rei impressionava pelos detalhes. Até a gente que ele colocou como seus súditos foi escolhida a dedo. E até aqueles escolhidos que ainda não tinham chegado, seriam trazidos pela gente que ali já estava. Não havia qualquer acaso, imprevisto ou distração na seleção do povo. Todo o potencial estava lá, em suas mentes e corações. Toda a capacitação especial foi providenciada, todo o mais seria inspirado pelo Espírito do Rei, em pessoa. Cada cidadão poderia exercer sua vocação e transformar as coisas para o bem comum.
Os talentos eram tantos, que eles poderiam se alternar em suas funções de acordo com a diversidade de habilidades: construtores, administradores, instrutores, escultores, cavaleiros, ferreiros, arqueiros, cozinheiros, mensageiros, organizadores, educadores, professores, defensores, artistas, poetas, músicos, cantores, escritores, compositores… Impossível descrever a multiforme expressão dos saberes!
Ainda havia habilidades comuns a todos. Cada um deveria exercer, de forma intencional, as marcas distribuídas a todos: crianças, jovens e idosos, antigos e novos moradores, sem distinção. Portanto, todos deveriam ser pacificadores, perdoadores, cheios de amor, bondade, paciência, compaixão, misericórdia, coragem e pureza, seguindo o exemplo do Rei.
A maneira de fazer tudo tinha duas regras essenciais: tinha que ser do jeito do Rei e para honrar somente o Rei. Dessa maneira, todos seriam beneficiados e abençoados.
Mas algo estranho estava acontecendo. Eles se acomodaram entre o reino que já existia e a plenitude do reino que ainda viria a existir…
Paz, alegria e graça,
Pr. Anderson Barreto
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